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2017: Best Albums (People’s Choice)

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10 | THE NATIONAL – Sleep Well Beast

Foram quatro anos de espera por um álbum novo da banda americana. Quando anunciaram o novo álbum, ainda no primeiro semestre do ano, deram ao mundo “The System Only Dreams In Total Darkness”, que foi o suficiente pra criar um hype bem grande ao redor do que poderia vir. E tudo valeu a pena: a melancolia suja de sempre tá forte nas letras, que dessa vez acompanham um som mais eletrônico e por vezes bem minimalista experimentado pela banda. Um álbum gerido com paciência (“Walk It Back” já teve algumas versões tocadas em shows) e que deu asas tanto à criatividade dos integrantes, quanto à imaginação dos ouvintes. Emocionante e necessário, como (quase) tudo o que a banda já lançou.

por Vitor Henrique Guimarães

OUÇA: “Walk It Back”, “Day I Die”, “Guilty Party” e “Sleep Well Beast”


09 | LIAM GALLAGHER – As You Were

Depois de aproximadamente três anos de resguardo, Liam Gallagher ressurge com um trabalho digno dos melhores álbuns do Oasis, tais como Definitely Maybe e (What’s The History?) Morning Glory. As You Were sabe muito bem mesclar canções introspectivas e delicadas com músicas agitadas e que carregam nas guitarras. Apesar disso, aqui Liam não se distancia muito do que já foi feito no Oasis e nos dois álbuns do Beady Eye, banda cuja qual ele era vocalista e reunia membros remanescentes do Oasis. Mesmo que as propostas sejam diferentes, a comparação é inevitável, Who Built The Moon?, do seu irmão e ex-companheiro de banda, Noel Gallagher, cumpre um papel bem mais experimental. Mas para os órfãos de Oasis, As You Were é um prato cheio e entrega bem mais do que promete, com faixas que se tornam fácil hinos de estádio.

por Lauriberto Pompeu

OUÇA: “Come Back To Me”, “I’ve All I Need” e “For What It’s Worth”


08 | BJÖRK – Utopia

Embora a palavra utopia seja atualmente usada para significar um lugar ideal, um paraíso ou sociedade perfeita, a origem da palavra remonta exatamente o contrário. Trata-se de um não-lugar ou lugar nenhum. Difícil para uma artista como Björk, que já construiu uma carreira sólida e com várias obras importantes, conseguir superar o padrão de qualidade que se espera de um novo lançamento, pois ela estabeleceu seus próprio padrões de comparação. Nesse caso, com Utopia, Björk consegue a proeza de se situar no terreno da música pop: em um não-lugar, ou lugar nenhum. Um trabalho inclassificável. Música pop é um rótulo que não cabe mais para a obra de Björk, pois a erudição necessária para apreciar seus trabalhos, incluindo aí o conhecimento prévio de sua própria obra, não condiz mais com os padrões daquilo que se conhecia como pop. A não ser se a compararmos com um movimento artístico, como a arte pop, quando o que se pensa compreender, à primeira vista, é algo muito mais complexo, culturalmente falando, do que latas de sopa, garrafas de coca-cola ou ampliações gigantescas de imagens de ídolos populares. Desse modo, a tábula rasa, ou a folha em branco que Björk estabelece como lugar para sua Utopia está entre os lugares. As paisagens sonoras que ela consegue evocar nos levam para mundos distantes, estranhamente familiares. É um tão longe, tão perto (ou o contrário) que nos desorienta, a princípio, para depois nos levar a planos mais elevados. O uso de harmonias e ruídos estranhos, construções com polirritmias aparentemente desconcertantes, tudo isso nos leva a ampliar nossos sentidos e abre um portal para essas utopias ou não-lugares, onde não somos mais capazes de nos situar. Só por isso, essa obra já merece um lugar de destaque na produção de Björk e um dos melhores lançamentos do ano de 2017.

por Gedley Belchior Braga

OUÇA: “Future Forever”, “Tabula Rasa”, “Utopia” e “Arisen My Senses”


07 | LCD SOUNDSYSTEM – American Dream

Se o medo se instalou entre os fãs do LCD Soundsystem quando houve o anúncio que a banda retornaria após o término em 2011, ele se desfez completamente nos primeiros acordes do quarto álbum da curta discografia de uma das bandas mais influentes desse começo de século. Tudo o que fez o grupo de Nova York famoso ainda está presente, desde a confluência de diversos ritmos – da dance music ao pós-punk -, passando pelo perfeccionismo de James Murphy, nítido no cuidado com cada elemento em todas as músicas. A principal diferença, contudo, está no tom. Uma atmosfera sombria, por vezes perturbada, perpassa todo o disco, refletindo nas letras que retratam amizades desfeitas, problemas pessoais e desesperança. American Dream pode pecar por não ter um hit tão grande quanto alguns outros já lançados por eles, mas é um complemento preciso para a trajetória do grupo.

por Guilherme Henrique

OUÇA: “Oh Baby”, “How Do You Sleep?” e “Tonite”


06 | ST. VINCENT – MASSEDUCTION

Annie Clark fez um apanhado de tudo o que fez anteriormente em sua carreira no seu pós moderno e conceitualmente ousado MASSEDUCTION. Enquanto que caminha segura para um publico mainstream, sua mensagem passa longe de ser facilmente palatável ao explorar temas como sexualidade, tristeza, uso de drogas controladas. Munida de uma postura deveras mais agressiva, o caos construído em colaboração com seus produtores joga o ouvinte em diferentes direções sem rodeios e luvas de pelica, é um de seus lançamentos mais interessantes ainda que seu disco mais inconsistente.

por João Vitor

OUÇA: “Pills”, “MASSEDUCTION”, “Smoking Section” e “Happy Birthday, Johnny”


05 | THE XX – I See You

I See You traz um The xx mais maduro, mais em sintonia. Pode não ser o mais primoroso dos três álbuns da banda, mas é arriscado em sonoridades e em expressar o momento que cada membro da banda está passando e quão mais confortável cada um deles está consigo mesmo. Pode ser considerado o disco mais comercial, por suas melodias, o uso de samples e uma vibe mais vibrante, mais pop. A banda experimenta sonoridades, mas, ainda sim, consegue manter sua essência, sua “estranheza”. O que torna I See You um dos melhores dos ano é a complexidade e a sinceridade colocada em cada som e cada letra.

por Carolina Chrispim

OUÇA: “I Dare You”, “Performance”, “On Hold” e “Dangerous”


04 | LANA DEL REY – Lust For Life

O último álbum de Lana Del Rey chama atenção logo pela capa: Lana está sorrindo. Em Lust For Life (paixão pela vida, em uma tradução livre), ouvimos uma Lana Del Rey diferente de seus trabalhos anteriores. A melancolia ainda está lá, mas além de amor, há também esperança em suas letras. Tentando mudar a pessoa por quem ela está apaixonada, Lana está disposta a mudar, até sonoramente falando, já que temos pitadas de hip hop neste disco. Se em Born To Die temos uma Lana “querendo estar morta”, em Lust For Life é justamente o contrário, ela quer estar viva, e feliz.

por Lucas Barboza

OUÇA: “Love”, “White Mustang” e “Summer Bummer”


03 | SZA – CTRL

Depois de 5 anos desde sua primeira mixtape, SZA finalmente lançou seu aguardado debut. CTRL é um álbum de histórias, de emoções que alguma vez na vida já experimentamos, de vulnerabilidade, de cair de amor em festas, amadurecimento, liberdade sexual feminina, de duvidar de si mesmo, desejo por aceitação, de medos. Temas que inúmeros outros artistas já exploram, porém SZA consegue transformar experiências tão pessoais e agoniantes em algo que o ouvinte consegue se relacionar, tudo isso bem conectado a sua voz e a produção das músicas, CTRL é um álbum onde cada musica tem seu espaço, seu momento e que juntas formam uma experiência bem marcante.

por Pedro Henrique Aguiar

OUÇA: “Love Galore”, “Normal Girl” e “20 Something”


02 | KENDRICK LAMAR – DAMN.

Evocando conceitos extremamente universais e complexos como amor, deus ou medo, Kendrick volta com um álbum denso, pesado e bem longe de toda a positividade de To Pimp A Butterfly. DAMN. é obra de um poeta habilidoso que, de forma bem ágil e direta, mostra os vários dilemas e dramas do negro norte-americano, através de um prisma socioeconômico ou (frequentemente) religioso. Era o álbum que faltava para definir Kendrick como o maior rapper de sua geração.

por Gianlucca Lisboa

OUÇA: “ELEMENT.”, “FEAR.” e “DUCKWORTH.”


01 | LORDE – Melodrama

Segundo o dicionário, “drama acompanhado de música instrumental”. É o que Lorde faz de peito aberto em Melodrama. Queridinha indie com hit na rádio, a cantora neozelandesa voltou em tempo certo com seu segundo disco produzido por Jack Antonoff (fun., Bleachers) que também assina praticamente todas as composições. Ela conta de maneira muito emotiva, do alto de seus 21 anos, sobre seu amadurecimento, desilusões e a maneira como leva a vida e se relaciona com as pessoas e o meio, conduzida por sintetizadores oitentistas dançantes ou pianos dramáticos. Não a toa, está em muitas listas de melhores do ano.

por Bernardo Gasino

OUÇA: “Homemade Dynamite”, “Liability” e “Perfect Places”


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